" Como uma potência econômica e mundial pode entrar em decadência e trazer consequências alarmantes pelo resto do mundo? Desde que se ouviu falar em globalização e capitalismo, sempre se percebeu que o capital giraria em torno de uma só pessoa, ou de uma forma mais generalizada, de um so eixo, e que o ser humano lutaria o quanto fosse possível para conseguir mais lucros. quanto à crise, assim como tudo na história, tem um início, uma raiz. ao analizar o problema desde o princípio, percebe-se uma crise com antecedentes passados e com algumas sequelas que ficaram até hoje. No ano de 2001, os Estados Unidos presenciou uma crise nas empresas "pontocom"; havendo uma fase de expansão acelerada logo após, em que o Banco Central americano reduziria as taxas de juros com o intuito de baratear os empréstimos e de que a população comprasse mais.
A partir daí, a demanda por imóveis cresceu e provocou crescimento também no setor imobiliário, tornando-o um negócio bom para se comprar e investir. Muitos procuravam por títulos de hipoteca para fazer empréstimos, pagar dívidas e até consumir, uma vez que a casa própria estaria em jogo. Alguns investidores, dotados por uma certa experiência, começaram a investir em títulos de risco, os chamados "subprime", que facilitara a venda para consumidores de baixa renda, e para aqueles que tinham acabado de fazer empréstimos e não haviam pago nem a primeira parcela. Ora, com tanta facilitação assim, a principal consequência seria a inadimplência, pois os consumidores comprariam muito e não poderiam pagar.
É importante lembrar que até 2006 os preços estavam altos, e foi então que começaram a cair. No entanto, os juros do FED (banco central americano) continuaram a subir, encarecendo mais ainda os imóveis e fortalecendo os títulos hipotecários subprime. Este possuía taxas de retorno e lucro muito altas, devido ao risco. Era uma espécie de loteria: se houvesse lucro, seria enorme e cairia apenas para o investidor do título. Porém, se houvesse prejuízo, também seria grande, mas coletivo. O "possível" e grande lucro atraiu os interesses de gestores de fundos e bancos, que passaram a comprar os títulos, transformando-os numa cadeia de vendas e permitindo que pudessem ser gerados mais e mais empréstimos, aumentando ainda mais a inadimplência dos consumidores.
O aumento dos juros, além de encarecer os imóveis, afastou os compradores e deixou a oferta maior que a procura, vendo-se a partir daí, uma pirâmide de preços em queda. Esta foi a suposta Crise Hipotecária, que gerou calotes nos investimentos e deixou os bancos sem crédito, o que gerou outra crise: a Crise do Crédito, esta que nós conhecemos. Os bancos, com medo de novos calotes, fizeram certas limitações. A falta de liquidez fez com que diminuíssem as compras, a produção, o lucro, e inclusive a aquisição de funcionários, contribuindo para o desemprego. Muitos bancos pediram concordata (Benefício concedido por lei ao negociante insolvente e de boa fé para evitar ou suspender a declaração de sua falência, ficando ele obrigado a liquidar suas dívidas segundo for estipulado pela sentença que concede o benefício. Fonte: Aurélio, Versão Digital) e até quebraram. Outros, por ainda não estarem tão afetados, congelaram seus ativos e começaram a impedir empréstimos para pessoas físicas, pelo receio de aumentar a alavancagem.
As hipotecas subiram quase 230%, pois os imóveis estão sofrendo intervenção de entidades financeiras por falta de pagamento. Chega-se a afirmar que a inadimplência tende a continuar alta pelo menos até 2009, e o governo tem avaliado projetos e planos de 40 bilhões de dólares para salvar as hipotecas de proprietários que não podem pagar. Querendo ou não, a população norteamericana sofre consequências, pois nestes últimos dias não se tem falado em outra coisa. E os "pacotes de ajuda" dados pelo governo chegm a desviar o dinheiro de medidas públicas para socorrer a bancos e impedir sua falência. Não se sabe a respeito do que se tem feito. O tempo de controlar a crise passou desde antes da supervalorização dos imóveis em em 2004. Crer que tempos melhores virão é possível, mas não é provável.
Os primeiros efeitos da crise co crédito foram estes, a princípio. O banco francês BNP Paribas congelou 2 bilhões de euros por preocupação de pagamentos dos títulos subprime. em resposta, muitas financiadoras pediram concordata e foram até vendidas. Um exemplo notável é o banco americano Lehman Brothers, que atolado nas dívidas pelo mesmo motivo, procurou soluções levantando fundos junto com outras empresas privadas, mas teve empréstimo negado pelo governo. Considerado o quarto maior banco de investimentos dos EUA, o banco é um dos maiores operadores de empréstimos a juros fixos, e um dos investidores que se envolveu com títulos subprime. Devido aos investimentos de risco, foi-se aumentando a desconfiança no banco. A falta de pagamento dos títulos fez xom que ele anunciasse um défict de US$ 700 milhões e depois de 7,8 bilhões, o maior de sua história. Por desconfiar de sua segurança, os investidores diminuíram o valor de suas ações para garantir a solidez. O Lehman Brothers não sofre sozinho, pois muitos bancos no mundo estão, de certa forma ligados a ele em investimentos e negociações, correndo o risco de quebrarem também. A queda do Lehman causou perda de muito dinheiro, numa espécie de efeito dominó.
O ser humano sempre lutará para ser mais rico, ainda que tenha que passar por uma crise. Isto explica qualquer decadência econômica, visando que o acesso fácil ao lucro produz o risco, e que os investidores estão passíveis de negociações cada vez mais perigosas e ousadas. Ao mesmo tempo são temporárias, pois quanto mais as ações se valorizam, mais pessoas participam delas. O ruim é que se houver lucro, ganha quem estiver à frente. Caso contrário, todos perdem. É por isso que muitos querem estar à frente sem se importarem com o porvir."
Tá aí... Pequeno né?
Caprichem nos comentários... =*
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